CALÇADOS ADEQUADOS II
Calceologia
A
calceologia é a ciência que estuda os calçados, um calçado é montado a partir
da palmilha de montagem, sola de base que permite solidarizar a parte alta ou
cabedal com o solado (sola e salto) o cabedal, às vezes, é dividido em duas
partes, o traseiro para trás e a gáspea para frente. Os contrafortes, as aletas
e a biqueira são reforços do cabedal situados respectivamente para trás (cano),
dos lados da gáspea e para frente (extremidade anterior ou biqueira).
A
alma é uma lâmina, de aço ou de plástico muito duro, situada no arco e servindo
de reforço ao solado. Deveria equipar todos os calçados porque limita a
colocação em tensão do tarso; lembremos que, ao andar, apenas o tornozelo e os
artelhos precisam de uma dorsiflexão.
A
sola do salto recebe o primeiro impacto do contato calçado-solo, o que se
traduz normalmente por um desgaste do seu canto posterolateral.
Alguns
elementos do calçado são concebidos em função da fisiologia do pé.
A
elevação da biqueira a troca do passo. A altura é proporcional à rigidez do
material, à altura do cabedal e inversamente proporcional à altura do salto.
Um
suplemento de numeração é previsto na extremidade anterior do calçado em função
do alongamento do pé em carga e da estética da biqueira ( quadrada,
arredondada, pontuda, americana).
A
borda superior da abertura do cano é modelada em função das saliências
maleolares (parte medial mais alta que a
lateral).
A
linha traseira do cano é encurvada e arqueada em função da altura do cabedal
para evitar qualquer conflito com o salto.
Descrição
de um calçado
Tipos de calçados Calçados Sociais
Esse
tipo de calçado foi transformado em objeto de moda, e são inúmeros os modelos.
Um conhecimento das variedades básicas é útil para entender o papel de um
calçado na patologia podal e para aconselhar
um paciente em função do seu tipo
de pé e de suas necessidades . Para um pé que sofre, volume interno deve ser
adaptado para evitar qualquer desvio ou compressão, o que justifica o uso de
certos modelos (aqueles compatível com o uso de órtese plantar) sabendo que
esse volume não dependa da numeração (noção de comprimento e não de largura +
altura) e sim da marca.
Calçados Esportivos
Para
esportista não tem um padrão de calçado. Cada elemento do calçado deve ser
pensado em função do esporte praticado e o terreno.
Existem
vários tipos: ”sapatos de corrida”, “tênis” de cano baixo, “tênis” de cano
alto, sapatilha de dança, chuteiras, calçados especializados (esqui), etc.
A
ausência de desnível entre o salto posterior e anterior, de alma ou de
contraforte é um defeito freqüente.
A
principal crítica se refere à propriedade excessiva amortecedora das solas,
verdadeiro chamariz comercial, que tende a ser antifisiológica, como pode
observar qualquer pessoa ao praticar uma atividade descalça na areia, um dos
melhores amortecedores. O conforto e a atenuação das ondas de choque opõem-se ao
desempenho do pé (micro instabilidade) e
às qualidades naturais do coxim planta; a sua atrofia progressiva cria um apego
e uma dependência ás solas flexíveis.
O
desenvolvimento de uma pesquisa associando podo-ortosista, esportista e médico
competente em podologia esportiva permitiria progressos na concepção desses
calçados. A prevenção das doenças traumáticas e a melhora da eficácia do pé são
totalmente alcançáveis.
Calçados Especializados
Calçados
militares: por ser peça de uniforme, são idênticos para todos os militares,
jovem ou velho, homem ou mulher, no exército, na aeronáutica ou na marinha. O
exército dispõe de alguns tipos de calçados: borzeguim de marcha, calçado de
montanha, calçado social, calçado de esporte. O coturno é particularmente bem
adaptado às atividades em terreno móvel.
Calçados
de praia: sandália, chinelos, tamancos, etc.
Calçados
folclóricos: tamancos, sandálias, alpargatas de uso muito limitado.
Calçados
de repouso: chinelos, pantufas, etc.
A
havaiana: ocupa um lugar particular. Ainda largamente usada em alguns países da
Ásia, tende a instalar-se no verão, na Europa, sobretudo depois que os grandes
costureiros do mundo inteiro passaram a utilizá-la regularmente na suas
coleções. Deve ser largamente aconselhada aos pacientes que sofrem do ante pé
pelas suas vantagens: não comprime o ante pé, não provoca nenhum artelho em
garra a cada passo e sobre tudo reeduca funcionalmente o hálux de maneira
natural.
Calçados de Segurança, de Proteção e de Trabalho
A necessidade de proteger o pé
durante algumas atividades industriais aparece nos anos 1950. A partir de 1989,
a concepção dos calçados é submetida às diretivas européias, transposta no
direito francês e aplicadas desde 1993. As normas européias (EN) foram impostas
a todos, às vezes completadas por uma norma da Organização Internacional de
Normatização (IOS, International de
Organization for Standardization) à iniciativa de alguns fabricantes em busca
de produtos de qualidade. Atualmente, todas as atividades de trabalho assalariado
praticadas e calçadas beneficiam-se de um equipamento do proteção individual:
calçado de segurança(EN ISO20345), de proteção(EN ISO20346) ou de trabalho(EN
ISO20347).
Cada parte do calçado pode incluir
um elemento de proteção: couraça anterior de proteção mais ou menos resistente,
protetor lateral ante corte, cano resistente ou impermeabilizado, solado anti
perfuração, isolante contra frio ou o calor, antiderrapante, condutor, anti-estático,
isolante, salto absorvedor de energia, etc. Cada uma dessas proteções responde
a um risco, estatisticamente significativo, ligado ao posto de trabalho ou ao
seu ambiente: esmagamento de artelho ou de metatarso, perfuração plantar,
escorregada, eletrocussão, exposição ao calor ou a frio, projeção de partículas
tóxicas, queda nos calcanhares... A sua eficácia é comprovada, mas a sua
aceitação pode ainda ser difícil. A feminilização dos postos de trabalho
favoreceu a procura por calçados estéticos, mais leves e que favorecem a luta
contra a hiperidrose e suas conseqüências.
Calçados de Série “Paramédicos”
Esses
calçados, são estudados para pés levemente atípicos que não aceitam o calçado
padrão. São habitualmente aconselhados pelos profissionais paramédicos,
podólogos ou ortopedistas-ortesistas.
Calçados
para “pés sensíveis”: a sua principal característica é o cabedal de couro
muito flexível, adaptado aos pés particularmente planos ou cavos, mas de volume
normal. Os antepés largos ou ondulados dispõem de certos modelos de cabedal
extensível.
Calçados
personalizados para “pés sensíveis”: o cabedal é deformado sob medida em
função das anomalias do pé por uma pinça de joanetes ou por uma forma mecânica,
depois de ter aumentado a elasticidade do couro.
Calçados
ditos “médicos”: são calçados com qualidade prevista para o uso de uma
órtese plantar.
Órtese
particulares: são órteses destinas aos pés inchados, deformados ou
engessados depois de um traumatismo recente ou de uma intervenção cirúrgica.
Podem convir às pessoas idosas ou pouco hábeis manualmente e que tem de andar
pouco. Existem vário modelos, mais ou menos especializados (Podovaria, Post-op,
Pulman, etc).
Calçados Terapêuticos de Série
Desde
1992, chama-se calçados terapêutico de uso prolongado CHUP e de uso temporário
CHUT. As indicações são: paralisias, miopatiasi, instabilidades de tornozelo, seqüelas
pós-traumáticas ou pós-operatórias, edemas, distúrbios tróficos, deformidades
importantes e desigualdades de comprimento do pé ou do membro inferior.
As
indicações favorecidas são o metatarso adulto da criança, as conseqüências
pós-operatórias do ante pé, as lesões que exigem uma descarga das cabeças
metatarsianas ou da grande tuberosidade calcânea e certos edemas.
Os
calçados terapêuticos de série CHUTS destinam-se aos pés que pedem uma
sustentação, um volume interno particular ou uma correção que pode ser
garantida por um calçado comum, sem, contudo, justificar a atribuição de um
calçado terapêutico sob medida.
Pode
receber uma órtese plantar sob medida ou integrar uma palmilha interna
removível chamada “palmilha de amplitude”.
Calçados Terapêuticos sob Medida Ditos Ortopédicos
É
indicado por um profissional médico autorizado, onde justifica que um ou ambos
os pés não podem usar calçados em série, onde deve melhorar as funções do andar
levando em conta a doença, a autonomia e as deficiências do paciente. Dentre
todos os dispositivos este tipo de calçado é mais difícil de realizar, porque
tem que associar a estética e a funcionalidade, onde deve agradar o paciente e
adaptar o pé patológico, muitas vezes dismórficos e cujo dinamismo não respeita
necessariamente a biomecânica habitual. Além disso, não existe métodos de
controle científico. Os únicos critérios de avaliação são a apreciação do
paciente e o desgaste do calçado.
Para
aumentar as probabilidades de uma boa aparelhagem, seguem alguns conselhos
essenciais: um bom calçado sob medida exige uma cooperação eficaz entre o
prescritor, paciente e o Podólogo afim de se ter uma certeza sobre a finalidade
terapêutica desejada; além da ajuda nas funções da marcha, o calçado deve
responder, pelo menos a uma das finalidades seguintes:
- Volume
interno fora de norma para deformidade, distúrbio volumétrico ou trófico.
- Compensação
de um maior distúrbio estático irredutível, de uma amputação ou
desigualdade de comprimento.
- Sustentação
(estabilização ou contenção) em caso de paralisia, de distúrbio estático
ou de luxação irredutível.
- Ajuda
no desenvolver do passo.
A
prescrição deve descrever alguns pontos: como modelagem ou não, material contra-indiciado
caso ser alérgico, qualidade da sola se flexível ou dura, características do
salto se compensado ou não, a altura em função ao tríceps sural, altura do cano
(anquilose, frouxidão), tipo de fecho da gáspea como laço ou fecho de correr,
localização de uma eventual forração por um eventual distúrbio trófico,
saliência agressiva e por fim, o papel da órtese plantar.
A
precisão de alguns itens tem um grande valor construtivo.
- Não
indicar a medida de uma desigualdade de altura e sim da compensação
desejada
- Desaconselhar
a colocação de um eqüino do pé para compensar uma desigualdade de
comprimento, em caso de metatarsalgia.
- Compensar
uma atrofia do coxim plantar por uma sola de borracha espessa e macia.
- Nenhum
contraforte em caso de articulação talar rígida.
- Materiais
leves, mas resistentes, no caso de paralisia.
- Fecho
de correr ou faixa auto-aderente em caso de deficiência manual.
São
detalhes lógicos que muitas vezes convém lembrar ao Podólogo.
Tabela 1: Nomenclatura dos calçados terapêuticos sob medida
Códigos
|
Nomenclatura
|
206A01
|
Calçado
ortopédico de classe A
·
Desorganização metatarso falangiana endurecida
·
Distúrbio volumétrico*
·
Amputação junto ao metatarsiano ou mais
proximal
·
Desigualdade de comprimento dos membros
inferiores:
- Diferença de comprimento dos
pés igual ou superior a 13mm
- Compensação de diferença de
altura igual ou superior a 20mm
|
206A02
|
Calçado
ortopédicos de classe B:
·
Luxação complexa estatodinâmica
- Desabamento completo e
irredutível da coluna mediana
- Equino fixado exigindo uma
compensação igual ou superior a 20mm
- Equinovaro
- Tálus
·
Paralisia
- Pé caído
·
Instabilidade do tarso e do tornozelo*
·
Distúrbio trófico **em relação a uma
neuropatia e/ou uma arteriopatia, e/ou uma doença inflamatória
|
206B
|
Modelagem,
seja qual for a altura, por unidade
|
206D
01
02
03
|
Reparações,
no limite de uma atribuição anual
- Órtese plantares
- Cabedal
- Solado
|
Característica de um Bom Calçado
O calçado ideal deve
ser adaptado à morfologia e à fisiologia do pé, garantindo a sua proteção e a
sua conservação.
Um
calçado confortável deve respeitar
harmonia entre o comprimento e a largura ou, primeiramente, o volume do
pé em diferentes níveis (colo do pé, metatarso falangianas, artelhos).
O
comprimento é expresso pela numeração, dos três sistemas de numeração
conhecidos, três são usados na França: o ponto de Paris(1 ponto = 0,666cm), o
ponto inglês(1 ponto = 0,84) e o ponto americano(Paris – 3). Por exemplo o
numero 40 em ponto de Paris(26,6cm) corresponde ao número 7 em ponto americano.
A numeração não equivale ao comprimento real do pé porque entram mais dois elementos:
um fisiológico de calçante e outro estético, em função da forma da biqueira.
A
largura é expressa por letra (A a H) ou por número (1° a 11°) correspondente ao
perímetro metatarso falangiana. A maior parte dos calçados em série só existem
em uma largura por número (E, 5ª ou 6ª largura). Não se deve confundir largura
e perímetro. Um calçado aparentemente largo para o olho (palmilha de montagem
larga) pode ter um volume interno reduzido, em geral qualquer calçado que tenha
tira, laço ou faixa auto aderente oferece um melhor volume para os artelhos já
os que são fáceis de calçar com escarpim, mocassim, chinelo, etc são
desaconselhável para ante pés largos ou dolorosos.
Já
a flexibilidade de um bom calçado deve ter o cabedal e o solado quando
submetido a uma flexão anteroposterior, devem dobrar-se transversalmente e não
enrolar-se junto às articulações metatarso falangianas, para respeitar o
desenvolvimento do pé ao caminhar.
A
sustentação, um contraforte resistente
deve circundar o cano para manter o calcâneo em posição fisiológica. A sua altura
não deve ultrapassar a sub talar. A sua presença constata-se por uma
resistência à pressão digital.
Estabilidade
anteroposterior, um bom calçado deve ser montado em forma bem concebida,
levando em conta a relação arco-altura do salto, assim a base de apoio é máxima
no salto e na zona de apoio metatarsiana. Uma pressão de alto para baixo na parte
traseira de um calçado pousado em plano duro não deve provocar o levantamento
da sola à frente ( figura 2,2).
O
solado deve ser resistente, mais não muito rígido para não se opor ao
desenvolvimento do passo.
O
solado inclui, de frente para trás:
- Elevação
de biqueira bom visível no calçado pousado em um plano.
- A
alma sólida junto ao arco para evitar seu abaixamento no caso de colocar
uma força maior ou de supinamento do ante pé. O teste da centrifugação
negativo quer dizer que o calçado não se deixa dobrar junto da curvatura,
caso exista uma alma sólida. Um solado que se dobra ao meio assinala a
ausência de alma.
- Um
salto mais ou menos alto:
-
Feminino-social 6 a 8
mm
-
Bota baixa 40mm
-
Caminha-esporte 8 a 10
mm
-
Bota alta 50 mm, etc
Teste de um calçado
Um
salto superior a 5 cm é anti-fisiológico, assim como a presença de um ferro no
cano posterolateral que incomoda ao contato com o solo. O declive da base do
salto deve respeitar um ângulo inferior a 11º com a horizontal para não
sobrecarregar o ante pé.
O
material ideal é de couro para a palmilha de montagem, para o cabedal e forro
uma pele extensível que favoreça a ventilação do calçado, a borracha natural da
mais conforto na hora da marcha e as costuras não devem coincidir com uma
articulação ou saliência óssea. Materiais sintéticos tem cada vez mais
propriedades terapêuticas contra hiperidrose, micoses, etc. Algumas tem a
qualidade superior para a pele em relação a sua elasticidade e permeabilidade.
Escolha de um Calçado
A
dificuldade de escolher um par de calçados é compreensível quando se pensa em
todos os critérios a considerar.
Critérios
- O
uso: marcha, esporte, montanha, trabalho, cidade, dança, cerimônia.
- Estação
e o clima: chuva, temperatura, etc.
- O
terreno: duro, móvel, seco, etc.
- O
sexo: modelo masculino, feminino e unisex.
- O
material: o couro é mais caro mais tem muitas qualidades.
- O
peso: leve para uma criança, para um pé neurológico, para esporte, etc.
- A
forma da biqueira adaptada ao modelo e ao volume dos artelhos:
-
Biqueira pontuda,
amendoada, redonda, curva, para o pé grego.
-
Biqueira larga, ½
arredondada, quadrada para pé quadrado.
-
Idem ou biqueira
americana para o pé egípcio.
- A
altura do salto: inferior a 12 a 20mm para crianças, 10 25mm para homens e 30 a 50mm para
mulheres.
- A
altura do cano: o cano alto para pés laxos e instáveis, para uso de
órtese, para os calcâneo muito saliêntes ou fora do eixo e para os
retropés finos demais, que se descalçam facílmente.
- A
numeração: embora não se corresponda ao comprimento do pé sua avaliação
não dever ser com uma simples apalpação do hálux na biqueira , sendo que a
numeração deve ser determinada com a medição com régua em posição vertical
e acrescentando mais ou menos 1 a 1,5cm para a criança, 0,5 a 1,0cm para o
adulto, o que corresponde ao abaixamento do pé na marcha onde também é
mais importante qua o pé acomodado é o salto ser baixo.
- A
forma do pé deve ser determinada na escolha do calçado.
Na
prática, o preço, a estética e a cor são muitas vezes os principais critérios
observados. Ora, o aspecto exterior é mais adaptado para o olho de que para o
pé, o que parece parodoxal na escolha de um calçado.
Conselhos para uma boa escolha
O
volume do pé varia com o exercício, portanto é aconselhável comprar um calçado
depois de um dia de atividade.
Provar
com meias finas ou espessas ou meia-calça, de acordo com o uso previsto.
Começar
pelo pé maior.
Verificar
se o artelho mais longo não toca a biqueira ao andar.
Não
tolerar atrito durante a marcha de prova, em particular por causa da costura.
Se
o comprimento convém, pedir para experimentar outro calçado da mesma numeração
que pode ser mais largo, se o fabricante é artesanal.
Examinar
o calçado: flexibilidade, contrafortes, elevação da biqueira, alma(teste da
centrifugação), estabilidade.
Doenças causadas pelo calçar
O
constante calçar dos pés gera dois tipos de problema:
- O
calçar conflitante ligado ao modelo inadequado à morfologia do pé ao à sua
atividade, origem de múltiplas lesões.
- O calçar patogênico, pelo uso de um calçado mal concebido ou mal fabricado. Onde desencadeiam doenças nos pés saudáveis desprovidos de qualquer risco particular.
Doenças Causadas pelos Calçados
Patologias
microtraumáticas do pé consecutivas a um conflito pé/calçado
Tecido Lesado
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Tipos de lesões
|
Ossos
– articulações
|
Exostose
Garra distal ou total
Hálux rígido
|
Nervo
|
Síndrome
dos canais: tibial, sural, fibular superficial
Neuroma
|
Tendões
|
Tendinose
por atrito
Tendinossinovite
|
Tecido
subcutâneo
|
Bursite
Higroma
Fístula
|
Pele
|
Eritema
Flictema
Erosão, ulceração
Hiperqueratose: joanete e
calos
|
Unhas
|
Hematoma:
ungueal ou subungueal
Cor subungueal
Onicólise distal ou até
mesmo onicoptose
Onicodistrofia: onicauxe,
onicogrifose...
Onicomicose secundária
Encravamento (se houver
erro de corte associado)
|
Calçar Terapêutico
O
calçado muitas das vezes é parte arsenal terapêutico do Podologista, onde
desempenha um papel curativo, mais freqüentemente paliativo ou sintomático.
Dor,
deformidade, edema e instabilidade do pé ou tornozelo benificiam-se de
conselhos terapêuticos para calçar. Uma entesopatia calcânea justifica o uso de
calçado com salto de uma altura levemente superior à habitual, para assim
diminuir a pressão dos músculos da perna posteriores e plantares. Já um
paciente com metatarsalgia mecânica deve se indicar o uso de calçados com sola
flexível e amortecedora e pouco ou nenhum salto. Os saltos muito altos e solas
muito finas ou rígidas amplificam a maior parte das metatarsalgia.
Em
caso dos artelhos ou hálux valgus, deve se aconselhar uma gáspea volumosa e
certos modelos previlegiados como: botina com fecho de correr ou cadarço, cano
de amarração ciclista. Um antepé muito volumoso indica-se um calçado
terapêutico de série eficaz contra a dor, sobretuto se faz uso de órtese
plantar.
Em
caso de edema privilegiar uso de modelos ditos geometria ou volume variável,
muitas vezes com gáspea fechado com cadarços.
Para
pés deformados que precisa de uma flexibilidade importante, o cabedal pode ser
trançado, de cabrito ou de camurça modulável em volume (amarração ciclista,
tira, faixa autoaderente) ou de material sintético elástico.
Por
fim, a instabilidade impõe um calçado com contraforte o mais rígido possível,
um salto baixo com uma base larga e uma inclinação reduzida do calcanhar.
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