PODOLOGIA (CABEÇALHO)

R7

PALESTRAS

Unha encravada (Remoção)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

SÍNDROMES DOLOROSOS NO CALCANHAR


             Síndromes Dolorosos do Calcanhar
                                                                      Fasceite Plantar

            A dor ressentida sob o calcanhar é causada mais freqüentemente por uma fasceite plantar, dando-se com ou sem esporão calcâneo. É comum em ocupações que comportam ficar em pé excessivamente ao andar em demasia, especialmente quando o paciente não esta acostumado a tais atividades. É mais comum num pé prono com um arco longitudinal aplanado e freqüentemente aparece depois de um período de repouso no leito. Os homens são mais sucessíveis.
            Uma proeminência óssea ou esporão pode se desenvolver na fixação da fáscia plantar ao calcâneo. Esta proeminência óssea pode se estender transversalmente por toda a face plantar do osso e é considerada uma ossificação e calcificação resultante de tração da aponeurose plantar sobre o periósteo; em geral é indolor.
            A queixa é dor e sensibilidade sob a porção anterior do calcanhar freqüentemente irradiando para a planta. O exame revela um ponto doloroso profundo na área medial anterior do calcâneo, o ponto de fixação da aponeurose plantar. As radiografias não mostram nada, ou  um esporão típico formando-se anterior ao calcâneo. Um esporão provavelmente uma coincidência, pois são encontrados freqüentemente em pés assintomáticos e não encontrados em pacientes sintomáticos. A dor pode ser atribuída a uma bursite infra calcânea sob a fixação aponeurótica, a uma periostite traumática ou ruptura de algumas fibras fixas ao osso.
            O tratamento visa aliviar a pressão da sustentação do peso. Erguer o calcanhar 0,63 cm remove a tensão que o tendão de Aquiles exerce sobre o calcâneo e alivia a tensão sobre a aponeurose pela flexão plantar do ante-pé. Um coxim de borracha esponjosa com o seu meio removido pode ser

CALÇADOS ADEQUADOS II
Calceologia

            A calceologia é a ciência que estuda os calçados, um calçado é montado a partir da palmilha de montagem, sola de base que permite solidarizar a parte alta ou cabedal com o solado (sola e salto) o cabedal, às vezes, é dividido em duas partes, o traseiro para trás e a gáspea para frente. Os contrafortes, as aletas e a biqueira são reforços do cabedal situados respectivamente para trás (cano), dos lados da gáspea e para frente (extremidade anterior ou biqueira).
            A alma é uma lâmina, de aço ou de plástico muito duro, situada no arco e servindo de reforço ao solado. Deveria equipar todos os calçados porque limita a colocação em tensão do tarso; lembremos que, ao andar, apenas o tornozelo e os artelhos precisam de uma dorsiflexão.
            A sola do salto recebe o primeiro impacto do contato calçado-solo, o que se traduz normalmente por um desgaste do seu canto posterolateral.
            Alguns elementos do calçado são concebidos em função da fisiologia do pé.
            A elevação da biqueira a troca do passo. A altura é proporcional à rigidez do material, à altura do cabedal e inversamente proporcional à altura do salto.
            Um suplemento de numeração é previsto na extremidade anterior do calçado em função do alongamento do pé em carga e da estética da biqueira ( quadrada, arredondada, pontuda, americana).
            A borda superior da abertura do cano é modelada em função das saliências maleolares (parte  medial mais alta que a lateral).
            A linha traseira do cano é encurvada e arqueada em função da altura do cabedal para evitar qualquer conflito com o salto.
                                                                 

                                                                               Descrição de um calçado

Tipos de calçados Calçados Sociais
            Esse tipo de calçado foi transformado em objeto de moda, e são inúmeros os modelos. Um conhecimento das variedades básicas é útil para entender o papel de um calçado na patologia podal e para aconselhar

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PATOLOGIA CAUSADAS POR CALÇADOS


Patologias Causadas por Calçados

            Os calçados tornaram-se nossos companheiros, praticamente desde os primeiros passos da humanidade. A história do desenvolvimento humano constata a importância da proteção dos pés pelos sapatos e, foi cedo reconhecida. Através de inscrições egípcias, chinesas e de civilizações emergentes da época, percebemos que eles, os ``calçados´´ estavam sempre presentes.
            Na mesopotâmia o calçado passou a partir dos séculos X e XV, significar muito mais hierarquia social do que no sentido prático: os bicos dos calçados eram proporcionais à classe social do indivíduo. Quanto mais pontudo o sapato, mais valor na escala social se adquiria.
            Já no século XVI, observamos mudanças significativas quanto à concepção do calçado. O estilo e forma realmente ganham importância e somam-se às variações dos modelos de calçados femininos e masculino. Neste período, o calçado possuía ainda função de revelar a classe social, que era, entretanto, determinada pela altura do salto e não mais pelo comprimento do bico.
            Relata-se que algumas damas da Corte andavam com chinelos providos de saltos tão altos que necessitavam do auxílio de dois criados para poder andar.
            Hoje se faz com que os calçados sejam livres nos estilos. São plataformas, saltos finos, bicos finos, quadrados, diversos materiais  nas mais diversas cores. Assim, cada um de seus usuários podem optar pelo modelo que melhor traduza sua forma de viver.
            Porque deveria o Podólogo se interessar por esse assunto? 

FUNCIONALIDADE DO PÉ


            
Funcionalidade do Pé

            O pé possui funções importantes como suportar o peso e servir como alavanca para impulsionar o corpo. A construção do pé com vários ossos e articulações, permite a adaptação do pé aos tipos de superfícies, além de aumentar sua ação propulsora.
            O esqueleto do pé é formado pelos ossos tarsais, metatarsais e falanges. Quase todos os ossos se unem por articulações sinoviais, conferindo mobilidade necessária para se adaptar a forças longitudinais aplicadas sobre o pé e, se moldar aos diferentes tipos de superfícies durante a marcha.
            Os ossos do tarso (do grego – tarso = superfície plana) a palavra era usada para uma série de estruturas planas. Hipócrates usava a expressão “tarsos podos” = planta do pé. Galeno utilizou o termo para o esqueleto, envolvendo apenas os ossos cuneiformes e cuboide como parte do tarso. São ossos pares e curtos, totalizando sete ossos em cada pé.
            O tálus (do latim – tálus = tornozelo, dado de jogar), articula-se, proximalmente, com a face inferior da tíbia e, as porções articulares dos maléolos (lateral e medial – faces articulares), constituindo a articulação talocrural (tornozelo). O tálus repousa sobre o calcâneo. É dividido em três principais porções: tróclea (face articular para o tornozelo), colo (região estreita) e a cabeça (porção que se articula com o navicular).
            O calcâneo (do latim – calx = calcanhar), utilizado por Celso para designar o osso calcâneo. É o maior osso do tarso. Recebe toda a carga proveniente do corpo. Articula-se com os ossos: tálus, navicular e cuboide. Recebe a inserção do músculo tríceps sural (tendão do calcâneo, denominado antigamente como tendão de “Aquiles”).
         Osso cuboide( do grego – kúbus = cubo, oides = forma de) articula-se com o calcâneo, navicular e com a base do IVº e Vº metatarsais.
            Osso navicular (do latim – navícula = diminutivo de navio) articula-se com a cabeça do tálus, cuboide e os três cuneiformes.
            

terça-feira, 4 de setembro de 2012

TIPOS DE PÉS


 Tipos de Pés

            Os 2 arcos do pé são o longitudinal e o transverso. O suporte extrínseco é dado pelos músculos da perna e o intrínseco pelos ligamento e musculatura do pé.
            O pé plano ocorre pela ajuda do arco longitudinal do pé. Os ossos do tarso tendem a formar uma linha reta em vez de um arco, perdendo a função de amortecimento.

           
                                                                Pé Plano

           
No pé cavo, o arco longitudinal é muito acentuado, há excesso de pressão nas cabeças dos

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

LÂMINAS UNGUEAIS (UNHA)


LÂMINAS UNGUEAIS (UNHA)
TIPO DE LÂMINAS
As unhas são formadas de tecido duro, não elástico, porém flexível, são semi-transparente, nascem no interior da pele (matriz) e apresentam a função de revestir e proteger as extremidades dos dedos. É formada por queratina compactada e apresentada outros elementos na sua composição como: a água, o sódio, o cálcio e o enxofre, etc.
Tem como função recobrir e proteger as pontas dos artelhos, contribui com a sensibilidade tátil, manipulação fina (pegar coisas pequenas) e capacidade de arranhar.
Com o uso de calçados apertados, cortes incorretos, traumas, as unhas sofrem modificações que podem arrecadar em dor, inflamações, infecções:
·         Onicomicose: Onico=unha, micose=varia infecções causadas por fungos.
·         Onicocriptose: Onico=unha, cripto=que penetra. É o nome cientifico da “unha encravada”. Pode vir acompanhada de inflamação ou infecção. Causando muita dor, sensibilidade, sangramento, odor forte, pus, granuloma piogênico (conhecido como: “carne esponjosa”, é uma proliferação de vasos sanguíneos, que forma uma lesão tumoral. É uma defesa do organismo em função de uma infecção normalmente acompanhada por uma defesa do organismo em função de uma infecção, normalmente acompanhada por uma inflamação).

domingo, 19 de agosto de 2012

CALOS E CALOSIDADES


CALOS E CALOSIDADES


São lesões provocadas por uma pressão ou atrito sobre um ponto da pele que leva ao espessamento da camada da pele, que se acumula na intenção de proteger a região secionada.       
Existem vários tipos que variam de tamanho, localização, consistência e forma.
As calosidades ou hiperqueratoses diferem dos calos por serem mais extensas.
São conseqüências das constantes agressões de determinados calçados ou má disposição óssea . O calo é uma resposta do sistema imunológico lançando um espessamento da pele na região de atrito, para que não haja comprometimento ósseo ou lesões mais graves. À medida que essas agressões se tornam freqüentes, surgem pequenos núcleos que penetram pele adentro atingindo a camada nervosa provocando dores lancinantes. Ao contrário de que se fala, o calo não possui raiz, pois seu espessamento se dá de fora para dentro. 

TIPOS DE CALOS

CALO DURO

Muito freqüente no dorso dos dedos devido a deformações como dedo em martelo ou em garra, uso de calçado apertado, de salto alto e bico fino. Em alguns casos também surgem em áreas de maior atrito como na polpa digital.

CALO INTERDIGITAL

Calo interdigital: forma-se nos espaços interdigitais, ocasionado pelo aumento da epífise da falange (osso) do dedo que gera um atrito. Devido o excesso de transpiração a pele se macera e pode formar um calo mole.
Situa-se entre os dedos e são geralmente provocados pelo atrito das articulações de um dedo contra o outro, dando origem assim aos calos gêmeos ou espelhados, pois, se dispõe um de frente ao outro.

CALOS PLANTAR

Como o próprio nome diz, se localizam na planta do pé em osso com má disposição ortopédica. Projetados contra o solo duro, ou de sapatos antianatômicos como o de salto alto e bico fino, sobrecarregando assim a região do antepé, onde os calos são mais freqüentes dando origem as metatarsalgias. Na região do calcanhar os calos são menos freqüentes exceto se oriundos de esporão de calcâneo ou outras patologias. A região medial do arco raramente é acometida por calos ou calosidades, salvo pé chato, cujo arco se apóia totalmente no solo. As principais causas que desencadeiam essas deformidades são: salto alto, bico fino, vícios de postura, deformações ósseas, obesidades e outras como o próprio nome diz, se localizam na planta do pé em osso com má disposição ortopédica.

 CALO NEURO-VASCULAR

Forma em geral na planta do pé, possui pequenos vasos sanguíneos e ramos nervosos entremeados na massa de queratina e fazem com que esse tipo de calo seja muito dolorido.

CALO DORSAL

É produzindo pela pele que fica sobre as articulações, para protegê-la contra o atrito com os ossos causado pela pressão de calçados de forma e tamanhos inadequados. Ao contrario dos demais calos este não se forma pelo espessamento da camada córnea, mas sim da camada basal (a mais profunda camada da epiderme).  Caracteriza-se por um pequeno coxim (almofada) de tecido fibroso e adiposo, que se desenvolve sobre as articulações interfalangianas, protegendo as epífises ósseas contra os calçados. Por isso seu aspecto clinico se torna irreversível mesmo após o tratamento. 

CALO MILIAR

Formam-se na região plantar devido ao espessamento da camada córnea, aparecem múltiplos calos pequenos com núcleo.

CALO PERIUNGUEAL

Localiza-se nas bordas ungueais (ou seja, nos os cantinhos das unhas).









UNHA ENCRAVADA



UNHAS ENCRAVADAS (ONICOCRIPTOSE)




                                   

Também conhecidas pelo nome científico de Onicocriptose, que significa “unha em cripta” (escondido).  Nos casos simples há uma formação da lâmina em forma de cripta. Nos casos mais graves em geral há presença de espícula (pedaço de unha) penetrando na prega ungueal levando a um quadro de infecção com formação de granuloma piogênico (carne esponjosa).  São causadas por pressão de calçados apertados ou de bico fino, excesso de peso ou uma forma  incorreta de cortar as unhas. Esse incômodo pode ser resolvido com um tratamento pelo podólogo à base de um corte de unha adequado, utilizando instrumentos cortantes esterilizados e descartáveis. Não é usado anestésico injetável, mas o Podólogo faz uso de emolientes e técnicas especializadas que diminuem o risco de dor. Após o procedimento de retirada da espícula é feito curativos até a total cicatrização com anteparos de algodão, cimento cirúrgico, sulfato de neomicina, fibra de alginato de cálcio e Mupirocina ocluidos com gaze tubular. Também é necessário um acompanhamento do crescimento da lâmina ungueal até a borda livre para que não volte a encravar. Há casos em que devido à pressão da unha forma-se uma calosidade no sulco ungueal, com presença de núcleo (onicofose). É muito comum esse processo ser confundido com unha encravada, mas nesse caso retira-se a calosidade sem precisar cortar a unha. Também pode ser feita a correção da curvatura acentuada da unha através do uso das órteses metálicas, ou fibra de memória molecular, aparelhos colocados sobre a unha  que passam a fazer tração como uma alavanca, para direcioná-la. A aplicação da órtese é indolor e proporciona excelentes resultados, fazendo com que a lâmina deformada volte a ter uma anatomia normal, evitando assim tratamentos mais agressivos e paliativos como a onicoectomia (extração total da lâmina). O tratamento leva de seis a nove meses. Para total eficácia é essencial que o paciente colabore evitando usar calçados apertados e cortar a unha de maneira incorreta.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Torne sua agenda pública

Torne sua agenda pública

FISSURAS


FISSURAS
 
                                                                                      Fissuras


Popularmente chamadas de rachaduras, são lesões em que não há perda do tecido mais um afastamento linear da pele, superficial ou profundo, sem deixar cicatriz, muito comum na região do calcâneo, em muitos casos causa dor e sangramento.
São ocasionadas pelo ressecamento da pele associada ou não a hiperqueratose. Pode haver a presença de fungos, neste caso além do tratamento podológico com desbastamento da hiperqueratose e o uso de cremes hidratantes e umectantes específicos, os pacientes devem ser encaminhados para um dermatologista.
Fissura, ragádio, cissura ou greta, podem ser definidos como pequena fenda ou racha na pele calosa das mãos ou dos pés causadas pela perda linear da epiderme e derme, no caso em áreas de pregas ou dobras da pele. São lesões elementares e fazem parte do grupo das “Perdas Teciduais”. São provenientes da eliminação ou destruição dos tecidos cutâneos causados basicamente pela perda da elasticidade da pele. Quando a epiderme é agredida por fatores externos (atritos com calçados) ou falta de hidratação, a mesma tem uma reação de engrossamento (acúmulo de queratose), que surge como defesa das camadas mais profundas, formando-se assim, calos ou hiperqueratose (com ou sem fissuras). As fissuras calcâneas podem variar em espessura; algumas lesam a pele apenas superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos com sangramento devido ao espessamento e endurecimento da camada externa da pele (hiperqueratose) onde o tecido perde a elasticidade e abre pela pressão ao se movimentar. Às vezes atinge os nervos, presentes na derme (segunda camada da pele) causando sangramento e a dor como se cortasse a pele com navalha. Os pés são partes do corpo que têm suas camadas de peles com maior resistência do que em outras partes, e são mais grossas devido ao peso do corpo que recai sobre os mesmos. Os pés sustentam o corpo de maneira que podem sofrer inúmeras patologias (doenças) que devem ser tratadas com especialistas (médicos e podólogos). O aparecimento de rachaduras ocorre por varias causas: 
·         Defeitos ortopédicos;
·         Idade (Responsável natural pelo surgimento e aumento do número de dobras na pele);
·         Hábitos Alimentares (Por exemplo, o ácido úrico quando não é eliminado pelo organismo, ataca as articulações das mãos e dos pés, provocando também lesões cutâneas que podem ser confundidas com micoses e pé de atleta. De acordo com sua taxa, o paciente deve evitar reduzir ou mesmo eliminar o consumo de carnes gordas, defumadas ou de animais em crescimento, sardinhas, crustáceos, vísceras de boi, miolo, miúdos de frango, vagens, lentilhas, grão-de-bico, espinafre e cerveja. Para ajudar a eliminar o ácido úrico: Queijo, leite e ovos.);
·         Hereditariedade; 
·         Ações climáticas;
·         Conseqüência de psoríase;
·         Diabetes;
·         Doenças Vasculares;
·         Micoses;
·         Agressões químicas (Intensificam o ressecamento da pele, agridem e contaminam os ferimentos);
·         Andar descalço e uso de calçados abertos nos calcanhares (sandálias);
·         Uso de meias e sapatos inadequados (meias de material sintéticos facilitam a proliferação de fungos, bactérias e sapatos apertados, folgados demais ou desprovidos de palmilhas podem ocasionar o surgimento de bolhas, esfolamento e calosidades);
·         Quantidade de água ingerida (É indicado um mínimo de 5% em litros, do peso corporal);
·         Uso de medicamentos (podem afetar diretamente a elasticidade da pele);
·         Obesidade;
·         Problemas hormonais;
Todos estes fatores podem ser apontados como determinantes para o surgimento, persistência ou agravamento do quadro clínico de pacientes portadores de fissuras nos pés. O problema de rachaduras no calcanhar não está ligado especificamente ao verão, embora, nessa época do ano, as pessoas usem mais sandálias e acabam engrossando essa pele que, na verdade, tem um mecanismo protetor e quanto mais ele for atritado, mais tende a espessar, tornando-se grosso e até com rachaduras. É importante observar se o problema não está associado a uma micose. Isso porque, no verão, freqüentemente, os pés são atingidos por fungos que são muito bem adaptados a esse local. E esse diagnóstico deverá der feito pelo médico. Vale alertar que quando existe micose no calcanhar, esse apresenta descamação, fica muito mais grosso e com rachaduras. Essa micose deverá ser tratada pelo médico tendendo a melhorar o aspecto do calcanhar, diminuindo o espessamento e tornando-o mais fino, com aparência mais suave.




JOANETES


JOANETES (HALUX VALGO)

Joanetes


O Joanete, denominação popular da deformidade do Hálux Valgo, consiste no desvio lateral do grande dedo (desvio da falange proximal do hálux sobre a cabeça do primeiro metatarso).  À medida que se estabelece este desvio, vários outros, secundários, vão se instalando:
A) Ocorre um deslocamento lateral dos tendões flexores e extensores e dos ossículos situados sob a cabeça do primeiro metatarso de forma que o hálux torna-se insuficiente.
            B) Começa a haver, por ação da pressão do calçado, um alargamento da porção interna da cabeça do metatarso formando uma saliência óssea globosa (exostose) que costumeiramente se denomina "joanete". Sobre essa exostose, forma-se uma bolsa sinovial sujeita a processos inflamatórios ou infecciosos (bursites) extremamente dolorosos.
            C) Os tecidos capsulares mediais tornam-se alongados e os laterais tornam-se encurtados ocorrendo, com o tempo, um enrijecimento destas estruturas na posição defeituosa.
             D) Os dedos laterais, principalmente o segundo, passam a sofrer a ação do grande dedo deslocado lateralmente e podem sofrer luxações dorsais, ventrais ou desvios laterais.
           Enquanto cresce a deformidade, aumenta a exostose na face medial da cabeça do metatarso e agravam-se a bursite e a dor. A articulação metatarso falângica vai sendo luxada lateralmente até o ponto de completa incompetência do grande dedo que vai sendo gradativamente excluído da marcha e sobrecarregando os dedos laterais.
Este estado pode ser notado pelo deslocamento progressivo do segundo dedo (e muitas vezes dos demais) e pelo aparecimento de calosidades plantares sob as cabeças dos metatarsos laterais.

CAUSAS DO HALUX VALGO

O Hálux valgo pode ser produzido pela ação direta dos calçados de pontas estreitas e saltos altos que forçam uma estrutura trapezoidal (o ante pé) a permanecer em um continente triangular (câmara anterior dos calçados). A elevação dos saltos desloca o peso corporal para frente do pé de forma a atuar como um agente de reforço para a produção da deformidade. Outra causa freqüente é a presença de um desvio congênito do primeiro metatarso (metatarso primo varo), que torna o ante pé largo. Quando o pé é calçado, mesmo em sapatos não tão apertados, há uma desproporção entre o conteúdo e o continente e o grande dedo é empurrado lateralmente. Esta forma de Hálux Valgo aparece já no início do desenvolvimento do indivíduo, até em crianças e recebe a denominação de Hálux Valgo Juvenil. Os pés planos valgos do adulto podem, por propiciar uma marcha inadequada sobre a borda interna dos pés, produzir um deslocamento lateral do hálux gerando toda a gama de alterações características do hálux valgo. As doenças articulares ou neurológicas que produzam desequilíbrios neuro-musculares dos pés podem também culminar com a produção de quadros completos da deformidade. Os processos inflamatórios resultantes das artrites (Artrite Reumatóide, Artrite Psoriática, Gôta Úrica, etc...) são importantes causas na gênese desta deformidade sendo as responsáveis, dentre todas, pelos casos mais graves.
Clínica;
O paciente, geralmente do sexo feminino (5 mulheres:1 homem), adulta da 4a. ou 5a década, refere dor na região da exostose e bursa ou sob as cabeças dos metatarsos. A queixa da deformidade, só quando muito acentuada ou nos pacientes mais jovens, predomina sobre a dor. Os fatores que acompanham mais freqüentemente o Hálux Valgo são as hiperqueratoses plantares (calos plantares) com metatarsalgias (dores na região anterior do pé) e as sub-luxações e luxações do segundo dedo. Quando estas ocorrem, acrescentam-se às queixas originais, as específicas destas deformidades acessórias.
TRATAMENTO
Não há método conservador que sirva para o tratamento da deformidade já instalada de hálux valgo. O uso de afastadores interdigitais ou toda sorte de inventos não se mostrou eficaz para a redução das diversas anormalidades desenvolvidas pela deformidade. O tratamento conservador (uso de calçados especiais com câmara anterior ampla e palmilhas de acomodação, tratamento das bursites e calosidades dorsais e plantares) restringe-se à prevenção do aparecimento do quadro completo, visa impedir a progressão ou apenas dar suporte àqueles pacientes que não disponham de condições gerais ou locais para serem submetidos ao tratamento cirúrgico. Nas crianças e adolescentes portadores de Hálux Valgo, indicamos a utilização de aparelhos noturnos (órteses plásticas confeccionadas sob medida) para evitar a progressão do quadro. Estudo realizado na UNIFESP - Escola Paulista de Medicina demonstrou que não se consegue corrigir a deformidade já instalada, mas evita-se a rápida progressão dos desvios enquanto amadurece o aparelho locomotor. Vários pacientes tratados por este método durante a juventude, optaram pelo tratamento cirúrgico definitivo em função da dor e do temor do agravamento do incômodo. São inúmeras as técnicas descritas na literatura médica para o tratamento do Hálux Valgo. O critério de escolha de uma destas técnicas e sua aplicação dependem da análise do quadro clínico, das radiografias e do estabelecimento de metas e objetivos do paciente em conjunto com seu médico.  É imprescindível o estudo detalhado de cada caso e a apresentação criteriosa das possibilidades terapêuticas possíveis. O conhecimento, por parte do paciente, de todos os prazos, dificuldades e restrições que ele deve enfrentar durante o período de tratamento e recuperação bem como das limitações impostas pela gravidade de sua deformidade, são preponderantes para que seja atingido o mais elevado grau de satisfação.

DICAS DE COMO PREVINIR O HALUX VALGO

·         Não há método de tratamento (conservador ou cirúrgico) que se aplique a todos os graus desta deformidade. Existem linhas de conduta que devem nortear o médico na escolha adequada do tratamento para cada caso em particular.
·         Não devemos subestimar o complexo de deformidades que compõem o quadro conhecido como Hálux Valgo. Não se trata de patologia de fácil resolução e a escolha da tática de tratamento adequada depende da experiência e formação do ortopedista. Esta é a principal razão pela qual se deve optar pelo especialista em Medicina e Cirurgia do Pé para o tratamento destas afecções.
·         Não se deve, por outro lado, deixar levar pelas estórias de pacientes insatisfeitos ou infelizes com seus tratamentos dos joanetes. O progresso da tecnologia e os avanços da Medicina introduziram novas técnicas e equipamentos que melhoraram grandemente os resultados mais recentes. É imperativa a escolha de pessoal atualizado e especializado na Medicina e Cirurgia do Pé a fim de evitar surpresas e acabar, de uma vez por todas, com a má fama que é atribuída popularmente tratamento do Hálux Valgo.

                            JOANETES 2

                  Anomalias Dolorosas dos Artelhos

            O hálux valgus é a deformidade dolorosa mais comum do grande artelho. Patologicamente é um desvio lateral da falange proximal do primeiro metatársico. Esta condição se atribui geralmente ao forçar o pé com um primeiro metatársico curto, num calçado pontudo ou com um salto alto. Na terminologia vulgar o hálux valgo sintomático é chamado ´´joanete`` e os termos são usados indistintamente.

Diagnóstico;

ÓRTESES PODAIS


ASPECTOS CORRETIVOS (ÓRTESES PODAIS)

As órteses são dispositivos construídos para auxiliar na recuperação, na reestruturação e na modificação postural de um órgão ou estrutura do corpo.
O principal objetivo é corrigir ou adequar uma estrutura do corpo, direcionando o mais próximo possível do padrão ortostático. Os tipos de órteses podais estudadas durante o trabalho no ambulatório foram as onicoórteses, as palmilhas de compensação e os protetores interdigitais.

ONICOÓRTOSES

Existem várias técnicas de onicoórtoses e todas elas tratam de curvatura da lâmina ungueal seguindo o mesmo princípio, que são os princípios físicos das forças aplicadas sobre as unhas.
É uma técnica que corrige o formato da lâmina, atuando como uma alavanca que força a lâmina em sentido contrário mudando sua curvatura, fazendo assim a correção desde a raiz evitando o encravamento das unhas.
Objetivo;
  • Realizar o desaparecimento de lesões dolorosas;
  • Modificar a curvatura da unha;
  • Diminuir a pressão da unha;
  • Fazer a correção da lamina ungueal.
Tempo de tratamento;
Essa técnica leva em média 6 meses para corrigir efetivamente uma unha, mas também devemos levar em conta que esse tratamento depende muito do grau de participação do paciente no processo. No caso de unhas encravadas a dor é eliminada na primeira semana da órtese.
Tipos de onicoórteses;
Fibra de memória reta é uma fibra de vidro com resina epóxi, que traciona a lâmina ungueal devolvendo-a ao seu formato ideal.
Antes de começar ao tratamento, realiza-se o procedimento padrão do pé. No principio do tratamento troca-se a fibra de 15 a 20 dias depois uma vez por mês.
FIBRA DE MEMÓRIA MOLECULAR

                                                                     Fibra de Memória Molecular.
Fibra de Memória Molecular, é uma fibra de vidro com resina epóxi, que traciona a lâmina ungueal devolvendo-a ao seu formato ideal. Antes de começar ao tratamento, realiza-se o procedimento padrão do pé. No inicio do tratamento, troca-se a fibra de 15 a 20 dias, depois 1 vez por mês.

ÓRTESE METÁLICA

 Brackt.      
                           
Este tipo de órtese é feito com um material ortodôntico e estruturado com material adesivo à lâmina ungueal. A função dela é concentrar uma carga de força sobre o centro da lâmina, aliviando a carga idêntica nas duas laterais. Ela é fixada na lâmina por meio de ganchos nas bordas, brackts e estruturas de apoio, aderidas com resina de metacrilato ou resina ortodôntica. Existe também a órtese metálica com elástico que não precisa de gancho.

ÓRTESE DE TRAÇÃO DINÂMICA (BÓTON)

 Boton

Neste caso aplica-se um mecanismo de tração de forma espiralada junto ao bóton e este ao invés dos outros, não necessita ser trocado, é o mesmo desde o início até o fim do tratamento.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ANATOMIA DO PÉ



ANATOMIA DO PÉ




FUNCIONALIDADE DO PÉ

O pé possui funções importantes como suportar o peso e servir como alavanca para impulsionar o corpo. A construção do pé com vários ossos e articulações, permite a adaptação do pé aos tipos de superfícies, além de aumentar sua ação propulsora.

ESQUELETO DO PÉ

O esqueleto do pé é formado pelos ossos tarsais, metatarsais e falanges.  Quase todos os ossos se unem por articulações sinoviais, conferindo mobilidade necessária para se adaptar a forças longitudinais aplicadas sobre o pé e, se moldar aos diferentes tipos de superfícies durante a marcha.
São ossos pares e curtos, totalizando sete ossos em cada pé.
O tálus (do latim – talus = tornozelo, dado de jogar), articula-se, proximalmente, com a face inferior da tíbia e, as porções articulares dos maléolos (lateral e medial – faces articulares), constituindo a articulação talo crural (tornozelo). O tálus repousa sobre o calcâneo. É dividido em três principais porções: tróclea (face articular para o tornozelo), colo (região estreita) e a cabeça (porção que se articula com o navicular).
O calcâneo (do latim – calx = calcanhar), é o maior osso do tarso. Recebe toda a carga proveniente do corpo. Articula-se com os ossos: tálus, navicular e cubóide. Recebe a inserção do músculo tríceps sural (tendão do calcâneo, denominado antigamente como tendão de “Aquiles”).
Osso cubóide (do grego – kúbus = cubo, óides = forma de) articula-se com o calcâneo, navicular e com a base do 4º e 5º metatarsais. Osso navicular (do latim – navícula =  diminutivo de navio) articula-se com a cabeça do tálus, cubóide e os três cuneiformes. Ossos cuneiformes (do latim  – cuneus = cunha,  formis =  forma de), são nomeados no sentido transversal, sendo, cuneiforme medial, intermédio e lateral. Os cuneiformes se articulam com o osso navicular e com a base do 1º, 2º e 3º metatarsais.
Ossos metatarsais (do grego – meta = depois) são em número de cinco ossos, numerados de medial para lateral (desta forma, o  1º está no hálux). São ossos longos e podemos identificar três regiões: base, corpo e cabeça. As bases dos ossos metatarsais se articulam com os ossos tarsais. A base do 1º metatarso se articula com o cuneiforme medial, a base do 2º metatarso se articula com o cuneiforme intermédio, a base do 3º metatarso se articula com o cuneiforme lateral e, as bases do 4º e 5º metatarsais se articulam com o osso cubóide (nessa descrição não estamos levando em consideração a articulação entre as bases dos ossos metatarsais e, por motivos didáticos também não descrevemos detalhadamente as articulações entre base dos metatarsos (2º e 3º com os ossos cuneiformes). As cabeças dos ossos metatarsais se articulam com a base das falanges proximais, constituindo a articulação metatarsofalangiana. Comumente, na cabeça dos 1º metatarsos estão localizados dois ossos supranumerários, os ossos sesamóides lateral e medial. Em alguns casos a tuberosidade do 5º metatarsal pode desenvolver-se separado, imerso no tendão do músculo fibular longo, formando um osso sesamóide, denominado de osso de Vesalius. As falanges (do grego  – phalanx = tropa de soldados). A  phalanx era uma formação de infantaria grega em fileiras. Aristóteles utilizou o termo para os ossos dos dedos, devido sua disposição em fileiras. São em número de 14 falanges em cada pé formando o esqueleto dos dedos, divididas em proximais, médias e distais, com exceção no hálux (formado pelas falanges proximal e distal). As falanges possuem uma base (articulada com o osso metatarsal correspondente), um corpo e uma tróclea (articula-se com a base da próxima falange correspondente). As articulações entre as falanges são denominadas de articulações interfalangianas (proximal e distal, exceto no hálux). Anatomia óssea do pé.
Clinicamente o pé é dividido em três porções: retropé, mediopé e antepé. O retropé: formado pelos ossos tálus e calcâneo. A articulação entre o tálus e calcâneo é denominada de articulação subtalar (articulação de Choupart).O mediopé: formado pelos ossos navicular, cubóide e cuneiformes medial, intermédio e lateral. A principal articulação é entre os ossos navicular (do mediopé) com o tálus e calcâneo (retropé), denominada de articulação talus calcâneo navicular (local onde tem grande mobilidade para os movimentos de inversão e eversão do pé).
O antepé: constituído pelos metatarsos e falanges. A articulação entre o mediopé e antepé, articulação tarso metatarsal, também é conhecida como articulação de Lisfranc.Anatomia óssea do pé.

ARCOS DO PÉ

Os ossos do pé formam arcos de sustentação e distribuição do peso corpóreo, são divididos em três arcos: longitudinal medial, longitudinal lateral e transversal. O arco longitudinal medial: formado pelos ossos calcâneo, tálus, navicular, 1º e 2º metatarsos.O arco longitudinal lateral: formado pelos ossos calcâneo, cubóide, 3º, 4º e 5º metatarsos.O arco transversal: constituído pelos ossos cuneiformes (medial, intermédio e lateral), cubóide e base dos cinco ossos metatarsais.


ANATOMIA DO PÉ 2

            A estrutura do esqueleto complexa, responsável por funções variadas como apoio, equilíbrio, impulso, absorção de impacto e postura. Possui ação coordenada de 26 ossos, dezenas de articulações, ligamentos, músculos e tendões, além da rede neuro vascular responsável pela nutrição e integração central destas estruturas cutânea e subcutâneas que têm funções e diferenciações específicas do pé (planta, calcâneo e lâminas ungueais).